O prazer do regresso em segurança
Depois de mais de sete meses sem o contacto com o pelotão, os amantes da corrida tiveram, neste sábado, na Bajouca, a oportunidade de dar largas à sua alegria e satisfação pelo retorno à competição.
Diferente, é claro, com regras específicas e controlo absoluto, mas foi possível pôr no trilho os amantes da corrida.
Com muitas diferênças, estranhas algumas, divertidas outras, a contigência do momento atual não impediu, porém, que o Grupo Alegre e Unido tenha superado todas as adversidades e levado de vencida o desafio de organizar uma corrida com mais de meio milhar de entusiastas e saudosos corredores.
É certo que as características específicas do trail facilitam um pouco a ousadia de provar que o desporto e o atletismo continuam vivos. Contudo, a observância de pequenos pormenores, que não escaparam à organização, permitem louvar com aclamação a impecável dedicação e empenho dos vizinhos e amigos da Bajouca.
Parabéns a todos eles (e foram mais de 100 elementos) e à Associação Distrital de Atletismo de Leiria. Ficámos todos bem!
moinhos20O ACV fez-se representar com quatro atletas: 3 no trail e 1 no mini trail. Para a prova dos 16 km, percorridos em excelente traçado, desenhado por vales e montes das ribeiras bajouquenses, permitindo a passagem pelos inúmeros moinhos que escreveram a história recente desta freguesia, o início da competição fez-se pelas 9h da manhã. Partidas em blocos de 5 atletas, colocados estratégicamente à distância regulamentar e dita de segurança, separadas em intervalos de 1 minuto. O primeiro a dar ao chinelo, pelas 09h13m, foi o LEANDRO SANTOS. Passava um pouco das nove e meia quando o LICÍNIO CARREIRA se fez ao piso e, dez minutos depois, o sempre jovem e renovado MÁRIO HENRIQUES, apresentava-se sorridente e disponível para mostrar ao inimigo que estamos cá prás curvas… O mais interessado pela classificação viu, depois, ser consagrada a sua prestação com o 6º lugar da geral e a vitória no escalão de M45 – Lícinio Carreira.
O improvisado, mas aprovado com distinção, microfonista de serviço, ia apresentando, com conhecimento de causa, todos os intervenientes, puxando pelo seu estoicismo e dando as boas-vindas com votos de boa prova.
Contiuando a cumprir o horário previsto, e já com os primeiros atletas dos 16 km a chegar, iniciou-se o mesmo procedimento para os aventureiros da distância mais curta: 8,5 km. EUGÉNIO MENDES viria a conferir o teste ao seu estado desportivo com uma classificação a meio da tabela, vindo a ser o primeiro atleta a dobrar a hora de “serviço”.
Os atletas, chegados ao fim da sua prova, foram cumprindo as determinações impostas e, depois de algumas trocas de impressões com a “malta”, arrumaram a tralha e regressaram a suas casas.
Para a parte da tarde ficou a realização da caminhada.
Esta prova serviu, ainda, para que a ADAL concluisse o Circuito Distrital de Trail. Esta decisão técnica e administrativa teve, naturalmente, a ver com a impossibilidade de realização de algumas provas programadas. Decidiu-se pela classificação dos atletas que tenham comcluído TODAS as cinco provas realizadas, quando o regulamento permitia a mesma classificação com um determinado número de provas a menos. Não deixa de ser polémica, mas como todas as decisões que se tomam em momentos complicados, é sujeita a opiniões diversas. Esta, no mínimo, desvirtua a verdade desportiva dos que proporcionalmente às regras previstas inicialmente, viram forjadas as suas expetativas, a final.
O Atlético Clube de Vermoil voltará à competição já no próximo dia 17 de outubro, em Lisboa, no Campeonato Nacional de 5 e 10.000m, para veteranos, da ANAV.